quarta-feira, 1 de julho de 2015

Por um conselho realmente democrático

Postado por Érico Massoli




A crise institucional pela qual passa a UNILA - por inabilidade da atual gestão da Reitoria que tenta tutelar as políticas universitárias aos desmandos governamentais ao invés de abrir arenas de discussões públicas, onde as diferenças pudessem ser confrontadas e negociadas em prol da Universidade - gera desconfiança e insegurança na comunidade acadêmica, mas também abre perspectivas positivas de mudanças nos rumos da administração universitária.

Esse pressuposto parte da possibilidade e dever dos gestores de garantir os melhores instrumentos existentes em prol da construção de consensos a partir das diferenças e conflitos existentes na comunidade acadêmica.

A despeito dos riscos de confrontação entre técnicos-administrativos, discentes e docentes, o CONSUN histórico de segunda-feira (29/06) não aprovou apenas a flexibilização da jornada de trabalho para 30 horas, mas também brindou-nos com um momento de ampla mobilização e participação de todos agentes universitários na revisão dos rumos da UNILA, que transbordou para uma movimentação capaz de balançar as estruturas de poder marcando o fim de um ciclo.
Isto leva a crer que estamos encerrando um período de barganhas e chantagens fisiológicas para unificar a luta política entre as categorias pela democratização da gestão universitária e garantir, por consequência, maior participação da comunidade no seio das decisões políticas da UNILA.

Ouso dizer que há uma insatisfação com a ideia de que a UNILA permanece sem mudanças estruturais há muito tempo esperadas, sobretudo pela expansão desordenada e sem estratégias claras para fortalecer as relações políticas educacionais em âmbito continental, seja pela complexidade de condução do ciclo comum de ensino, pela contestação autoritária da representatividade paritária no CONSUN e pela ausência do regimento geral e das eleições paritárias para reitor e vice-reitor.
Por fim, convém ressaltar o compromisso da Chapa Unidade na Diversidade de construir uma representação legítima e participativa entre os TAEs da UNILA.

Vale reforçar que buscamos atuar na defesa da Universidade pública, gratuita, socialmente referenciada e de qualidade, bem como nos interesses dos servidores, lançando mão de métodos de consulta permanente e debate público em assembleias, grupos de trabalho, conselhos, comissões, entre outros.

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